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Reciclagem de pneus ganha força. Mas pede mais incentivos

Reciclagem de pneus ganha força. Mas pede mais incentivos

A recuperação de pneus ganha espaço no país. Mas faltam incentivos e o cumprimento das leis para ampliar o uso de produtos de reciclagem de pneus como o asfalto-borracha

Frota&Cia - Por Victor Fagarassi - abril 10, 2025

O desenvolvimento de novas técnicas de reaproveitamento de materiais, aos poucos, começa a mostrar seus benefícios até mesmo junto à indústria de pneus. Considerado até poucas décadas atrás como um produto sem qualquer possibilidade de recuperação, os pneus inservíveis vão ganhando novos usos e aplicações, depois de beneficiados por empresas especializadas. Caso por exemplo da Strasse, que atua no Brasil desde 1991 e produz matéria prima para empresas de pavimentação, a partir da reciclagem de pneus obsoletos.

“O asfalto-borracha, como é chamado o produto final, já é utilizado em larga escala em rodovias norte-americanas e espanholas, entre outras e agora começa a ganhar espaço no Brasil”, comenta Joel Custódio (foto), proprietário da Strasse.

Segundo ele, somente nos últimos três anos a demanda pelo asfalto-borracha aumentou em 400% no país, por conta de sua maior durabilidade, redução de ruído e, claro, da sustentabilidade. “Hoje em dia, o custo deste tipo de asfalto já é quase o mesmo do tradicional, com a vantagem de oferecer uma vida útil muito maior”, acrescenta.

Desafios

Apesar dos avanços, o especialista alerta que ainda existem obstáculos a superar, com vistas à reciclagem em larga escala. Embora alguns estados como São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro já possuem leis sancionadas para estimular a recuperação de pneus inservíveis, sua aplicação ainda é pouco comum, reclama o empresário. “Se a Lei determina que uma rodovia utilize um asfalto mais ecológico seria natural que fosse dada prioridade ao asfalto-borracha. Mas, quase nunca isso é executado”. A questão tributária também é motivo de preocupação, razão pela qual Joel defende um tratamento diferenciado para este tipo de produto.

“O que precisa melhorar não é a tecnologia, que já oferece bons resultados. Mas sim o fomento ao mercado. Segundo ele, o Poder Público deveria atuar mais com o privado, para incentivar usar o material reciclado. “Não adianta fazer todo esse trabalho se você não tem um mercado consumidor. Se houver mais incentivos e o cumprimentos das leis haverá mais demanda para o produto”.

Destinos criativos

Além de virar combustível alternativo em fornos de cimenteiras e matéria-prima para a indústria de calçados, o pneu inservível tem mais destinos criativos a cada ano que passa. Como a mistura de pó da borracha com o polietileno, para a fabricação de um plástico mais resistente. O produto poderia ser utilizado nos acabamentos de automóveis, por exemplo, além de pisos e anilhas de academia. “Entretanto, ainda não tem uma demanda tão grande quanto asfalto e cimenteiras”, explica Joel.



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