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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE RECICLAGEM DE PNEUS INSERVÍVEIS

Empresas apostam na reciclagem de veículos em mercado que movimenta R$ 2 bi
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Empresas apostam na reciclagem de veículos em mercado que movimenta R$ 2 bi

No entanto, menos de 2% dos veículos do Brasil são reciclados, enquanto em outros países esse índice chega a 90%, diz Lene Araújo, CEO da Renova.

ECOA - Julia Moióli - Colaboração para Ecoa - 02/05/2024 04h00 - Imagem: Divulgação


Pátio da Renova Ecopeças, especialista em reciclagem de veículos


Com o aumento da economia circular, a reciclagem veicular tem ganhado espaço como ferramenta para a redução de resíduos. De acordo com a Renova Ecopeças, da Porto Seguro, 85% das peças que compõem um carro são reaproveitáveis, 10% recicláveis e apenas 5% descartáveis.

No entanto, menos de 2% dos veículos do Brasil são reciclados, enquanto em outros países esse índice chega a 90%, diz Lene Araújo, CEO da Renova.

"A devolução de peças recicladas ao mercado contribui com a redução de emissões à medida em que reduz a necessidade de que novos componentes sejam produzidos", afirma o executivo. Isso acontece porque a fabricação de veículos envolve o consumo de plástico, a extração de recursos como aço e borracha e o uso de energia.

 

De acordo com Paulo Solti, vice-presidente de peças e serviços para a América do Sul na Stellantis, uma peça remanufaturada consome 80% menos materiais do que uma peça nova e 50% menos energia para ser produzida.

Como funciona a reciclagem de automóveis

Esqueça a ideia de "desmanche" de veículos. A reciclagem de automóveis deve ser organizada e envolve uma série de etapas:

O primeiro passo é a descontaminação do veículo, com a remoção de fluidos. Esses produtos presentes em baterias e motor, por exemplo, são, inclusive, inflamáveis.
Em seguida, em um processo que dura entre duas e quatro horas, o veículo é desmontado, e componentes que podem ser reutilizados são separados.
O metal da carroceria pode ser condensado e reutilizado em novos automóveis. O mesmo pode ocorrer com o plástico.

Idealmente, peças e materiais aproveitáveis são reutilizados para substituição em carros usados ou reintroduzidos no ciclo de produção do automóvel do zero. O que não puder voltar para o ciclo é descartado de forma apropriada.

Por enquanto, a reciclagem envolve basicamente carros movidos a motores de combustão. Mas a entrada dos híbridos e elétricos no mercado nacional deve mudar o cenário.

"Estamos vivendo um período de eletrificação, e baterias muito mais complexas (e perigosas) estão entrando no mercado. Um dos maiores medos é não conseguirmos organizar todo esse processo de reciclagem a tempo de lidar adequadamente com elas também", diz Wladi Souza, sócio-fundador da empresa gaúcha GWA (Green Way for Automotive)…

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